A fazer Amor, sendo quem somos
Nada pesa
Há um fluxo de maré com asas levadas na brisa forte
com gosto de mar e ar fresco aromatizado de hortelã tomilho alecrim e jasmim
tudo ao mesmo tempo a reverberar em mim.
Emerso o corpo em fusão, no tempo ilusão
tudo é o momento imenso do agora impecável apenas e só
tudo e além
Expande expande expande
O ar amansou o tempo parou e o foco está aqui
Onde Sou
Gosto de mel adoçado que é fonte em mim.
Olhos abertos de tempo e pureza sem fim.
Olhos fechados, de mãos dadas e luz da alma aberta a ser-se.
Jorra a criatividade que é a senhora regente do alinhamento
De ser criança senhora amante
Mulher gigante de coração imenso
A bater ao ritmo da respiração.
A presença impõe-se
de tanta pureza sorri.
Em dança o corpo perpassa o ar com fios de rastos estelares com cores brilhantes
só visíveis a quem vê com olhos amantes.
Os pés têm firmeza e asas, terra fértil e agilidade de escorrer pelos lugares como luz movendo-se em contínuo, dançando um rasto entrelaçado.
Ao encontro da centelha divina, umbigos, ceptros e egos unem-se em deleite carnal de afinal ser carnal.
E de dois seres, só há tudo o que se é naquele encontro.
FAZER AMOR
Trocamos sorrisos
Olhamos brilhamos
Entendemos sem falar
Falamos para escutar
Cândida Rato, em escrita livre, início 2021
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